22 de Setembro de 2002 ás 16h00
Campo Moreira Marques, São Mamede de Infesta
Campeonato Nacional da II Divisão B
Zona Norte, 4ª Jornada
INFESTA: Bruno, Marcelo, Nuno, Tavares, Corina, Torres, Sérgio, Vitinha, Camarinha (Paulo Jorge, 70'), Dennis (Ricardo Gomes, 78')e Kika (Pedro Nuno, 30').
TR: Augusto Mata
VIANENSE: Vitor, Teo (Edinho, 72'), Claúdio, Gomes, César, Francisco, José Pedro (Marquinhos, 82'), Leandro, Marco, Denilson, Jacaré (Paulinho, 72')
TR: Rogério Amorim
Ao intervalo: 0-0
Marcadores:
0-1 por Denilson (55’);
1-1 por Torres (59’);
2-1 por Tavares (66’);
2-2 por Denilson (86');
3-2 por Sergio (90').
Disciplina: Cartões amarelos a Camarinha (11'), Marco (15') e Kika (17').
Impressionante demonstração de fé e coragem permitiu ao Infesta a conquista de mais três pontos diante de um opositor sempre inconformado e que vendeu cara a derrota, fruto de uma atitude desinibida, mormente no segundo tempo, período em que surgiram os golos, num acto de emoção contínua, prendendo o espectador até ao último minuto, sinal de emoção elevada, ritmos altos, e respiração descontínua.
O jogo foi impróprio para cardíacos, designadamente nos segundos 45 mi-nutos, já que no primeiro tempo não se registaram grandes alaridos, num cálculo mútuo de ambas as equipas, preocupadas em não dar espaços ao adversário. A actuar pela segunda vez em casa, o Infesta queria vencer pela primeira vez no seu terreno, já que no único encontro realizado no Moreira Marques a formação mamedense tinha perdido diante do Vizela.
Sensibilizados para a questão, os pupilos de Mata denotaram vontade em resolver rapidamente o problema, mas o Vianense apresentou-se com a lição bem estudada e um homem com o diabo no corpo, Danilson, jogador que defendeu as cores do Infesta na época anterior, apresentou-se extremamente motivado no reencontro com os ex-companheiros, ao ponto de se assumir como o melhor elemento da sua equipa. A primeira metade terminou com um nulo, mas a magia estava toda guardada para o segundo período.
Veio o segundo tempo e a fantasia soltou-se. Denilson fez tudo bem e inaugurou o marcador? Pois bem. Torres, sempre naquele jeito peculiar, empatou a partida, lançando definitivamente a emoção na partida.
Mais sete minutos, e Tavares, muito bem, a fazer o 2-1, parecendo que a equipa mamedense ia lançar-se para um vitória mais folgada. O Vianense levantou-se do choque, reequilibrou as forças, agigantou-se no centro do terreno, e sempre motivado por Danilson, foi em busca do prejuízo, incomodando a defensiva azul-e-branca.
A poucos minutos do final da partida, o empate acabou mesmo por surgir. Quem foi o culpado? Denilson, quem mais havia de ser? O que se passou a seguir foi verdadeiramente fantástico, com o Infesta a arregaçar as mangas, soltar-se de complexos, insatisfeito com a igualdade, arriscando tudo no ataque, verdade seja dita mais com o coração, mas con-seguindo os seus intentos no período de descontos, após belo trabalho de Sérgio no interior da área. Era o ponto final de um furacão que passou em S. Mamede de Infesta.
O trabalho do árbitro, Paulo Pequeno, ficou manchado aos 61 minutos, na medida em que Vitinha foi travado na área por Teo, mas o juiz nada assinalou. Uma falha grave no meio de uma actuação sem grandes equívocos.
Figura do Infesta: Vitinha
Incansável na luta pela posse do esférico, demonstrou enorme coração e imensa generosidade para a luta. Não marcou nenhum dos golos, mas merece a distinção, fruto da atitude que apresentou em campo, sempre preocupado com os interesses da equipa.
Augusto Mata - Treinador do Infesta:
“Foi complicado, pois sofremos o segundo golo a acabar o jogo e depois tivemos sorte em marcar no período de descontos. O jogo não foi muito bem jogado, mas tivemos o mérito de acreditar até ao fim. Quando acontecer o contrário, vamos ficar tristes. Sofremos, mas valeu a pena”.
FONTE: Matosinhos Hoje
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