sexta-feira, 11 de setembro de 2009

MOURA


NOME: Vitor Paulo Almeida Ribeiro MOURA
DATA DE NASCIMENTO: 05/02/1967
IDADE: 42 anos
NATURALIDADE: Santo Tirso - Portugal
POSIÇÃO: Avançado



CARREIRA:
1988-1995 - Infesta
1995-1998 - Penafiel
1998-1999 - Sp.Espinho
1999-2000 - Moreirense e U.Madeira
2000-2001 - U.Madeira
2001-2003 - Pedras Rubras
2003-2004 - Estarreja e Valenciano
2004-2005 - Valenciano
2005-2006 - Amares
2006-2008 - Padroense


Moura que é natural de Santo Tirso chegou ao Infesta em 1988, na epoca em que conseguimos a subida á II Divisão e foi um dos melhores marcadores da equipa com 10 golos. Com fama de goleador, Moura foi sempre um dos artilheiros da equipa durante os campeonatos que disputou, destacando-se as 3 ultimas epocas dando o natural salto para outros clubes com outras ambições. Se não estou em erro, penso que foi em 1994 que Moura foi o melhor marcador de todos os campeonatos nacionais com mais de 30 golos. Saltou então da II-B para a 2ª Divisão de Honra. Esteve três anos em Penafiel, apontou 39 golos ao longo desse tempo no campeonato da segunda divisão entre as épocas 95/96 e 97/98. Foi um bom avançado valendo muitos golos e muitas vitórias ao Penafiel. Há um jogo que Moura irá sempre recordar num jogo em que marcou um golo ao Felgueiras do meio campo mas de chapéu, jogo disputado no estádio do Felgueiras, golo que valeu ir aos quartos de final da taça de Portugal, jogar no Estadio das Antas contra o FC Porto. Moura era um verdadeiro "rato de àrea". Na altura era o herói dos penafidelenses pois à muito tempo que nenhum avançado marcava tantos golos pela equipa. Esperava-se que Moura fosse mais alem, mas duas epocas de baixo nivel em Espinho e no Moreirense, deitaram por terra a hipotese de jogar na 1ª divisão.


Moura num jogo pelo Penafiel contra o Moreirense

domingo, 6 de setembro de 2009

LOWDEN


NOME: Rui Manuel LOWDEN Buchner Silva
DATA DE NASCIMENTO: 16/01/1966
IDADE: 43 anos
NATURALIDADE: Vila Nova de Gaia - Portugal
POSIÇÃO: Defesa

CARREIRA:
1987-1988 - Dragões Sandinenses
1988-1990 - Freamunde
1990-1992 - Tirsense
1992-1997 - Moreirense
1997-2002 - Infesta

Lowden foi o outro veterano do Infesta no qual terminou a carreira. Aos 36 anos, o defesa esquerdo mamedense optou por arrumar as chuteiras, agarrando a tempo inteiro a posição de treinador dos juniores. Lowden serviu o Infesta durante cinco épocas, depois de ter representado o Moreirense na II Liga e o Tirsense tambem na II liga e uma epoca na 1ª divisão. Uma decisão sempre penosa, mas que o próprio faz questão de minimizar: “Era algo de inevitável e que já vinha equacionando. A idade pesa bastante e embora a minha vontade fosse a de jogar, a opção mais sensata que poderia tomar seria a de abandonar a modalidade. É um período da minha vida que naturalmente chega ao fim, senti que esta era a altura certa, de forma que não me arrependo.” Em relação à sua passagem pelo Infesta, Lowden descreve-a, como uma etapa enriquecedora na sua carreira: “Passei cinco anos fantásticos, num clube maravilhoso que sempre me acarinhou. Representar o Infesta é sempre gratificante e um clube no qual se aprende bastante, pelo trato que recebemos, pela política do clube, por ser um clube diferente”, acrescentou.
Talvez por essa relação estreita que mantém com o clube, Lowden foi convidado a treinar os juniores. O seu trabalho nos juniores foi deveras positivo, inclusive com uma presença numa fase final. A prova desse trabalho meritório são os jovens que anualmente são promovidos à equipa principal. Devido ao seu excelente trabalho no FC Infesta, Lowden faz parte da estrtura da formação dos jogadores do FC Porto.

INFESTA 0-3 BENFICA

17 de Novembro de 2001, 19h00, SIC
Estádio Prof. Drº Vieira de Carvalho na Maia
Árbitro: Paulo Pereira (Viana do Castelo)
TAÇA DE PORTUGAL
4ª Eliminatoria

INFESTA: Bruno; Marcelo, Nuno, Tavares (Ricardo Rocha, 83’) e Lowden; Torres, Kléber (Nélson, 69’) e Carlitos (Tozé, 79’); Sérgio, Danilson e Pedro Nuno.
Treinador: Augusto Mata

BENFICA: Enke; Cabral, Argel, João Manuel Pinto e Pesaresi; Fernando Meira, Andersson (Andrade, 84’), Rui Baião; Drulovic (Mawete Júnior, 84’), Miguel (Porfírio, 64’) e Mantorras.
Treinador: Toni

Ao intervalo: 0-2
Marcadores:
0-1 por Marcelo (38', p.b.),
0-2 por Drulovic (40’, g.p.) e
0-3 por Porfírio (90’).

As expectativas não saíram furadas e nem a noite gelada fez arrefecer os ânimos. A enchente prevista não se verificou, mas mesmo assim houve uma moldura humana assinalável que contribuiu para uma festa bem colorida entre o vermelho do Benfica que se fez notar mais e o azul e branco do Infesta que se fez ouvir mais. O apito inicial tardava e já ninguém disfarçava a ansiedade pelo aproximar do início do encontro. Esse foi recebido com gritos audíveis em todo o Estádio, em que se repetia vezes sem conta, “Infesta… Infesta… e Infesta…”. Levados ou não pelo calor humano que vibrava entusiasticamente nas bancadas, os jogadores do Infesta entraram da melhor maneira no jogo e num centro da esquerda de Pedro Nuno, Enke quase colocava a bola no fundo da sua baliza, valendo a atenção de Pesaresi. A pujante entrada do Infesta foi a solução possível face à previsível fadiga que a equipa iria denotar no segundo tempo, nada habituada a ombrear com formações de um nível competitivo bem superior ao seu. Refeito daquele susto prematuro, o Benfica pega no jogo, e logo aos cinco minutos Mantorras troca as voltas a Nuno, atirando de pronto ao poste. Daí em diante assiste-se a um domínio dos encarnados, ao qual o Infesta tentava responder com contra-ataques bem conduzidos, quer pela direita por Sérgio, ora na esquerda por Danilson. Num desses lances, os 33 anos de Sérgio foram suficientes para levar de vencido Pesaresi, solicitando na área Pedro Nuno, que falha o remate. O aviso estava dado a Toni que não podia descuidar o seu sector mais recuado. O Benfica vivia quase exclusivamente do talento e velocidade de Mantorras que tinha em Nuno o seu marcador directo. Foi um confronto leal, até porque o jovem defesa central soube evitar um recurso excessivo às faltas sobre o angolano. Mostrou elevados níveis de concentração e um apreciável sentido de posicionamento, o que lhe valeu alguns cortes providenciais. Lá na frente esteve também perto de fazer estragos.
Na sequência de um livre batido por Sérgio, eleva-se melhor que os centrais adversários e atira com estrondo à barra.
Um lance que podia ter dado outro alento aos homens de São Mamede de Infesta e complicado as contas a Toni. Pouco depois vai ser Fernando Meira a estar bem perto do golo, só negado por um fantástico golpe de rins de Bruno, naquela que foi a defesa da noite. Depois de dez minutos electrizantes com o perigo a rondar as duas balizas seguiu-se uma aparente desaceleração do Benfica. O Infesta nada preocupado com isso, tentava agora guardar o nulo até ao intervalo.
O sonho de uma “gracinha” na Taça de Portugal esfumou-se em apenas dois minutos e já com o intervalo à vista. Mantorras puxou os galões de estrela da companhia e partiu essencialmente dele a vontade em resolver o jogo depressa e sem sobressaltos. Mesmo não marcando, cabem-lhe a si inteiramente os méritos nos dois golos obtidos.
Aos 38 minutos vai até à linha, de onde tira um centro remate que Bruno não intercepta, tabelando a bola em Marcelo para o fundo das redes. Um golo inglório depois de uma abnegada resistência que não merecia ser ruída por um lance tão bizarro como este. No minuto seguinte, o astro angolano, endiabrado como sempre é derrubado por Bruno, depois de o contornar. Penalty indiscutível que Drulovic não enjeitou. A história do jogo ficou definitivamente marcada a partir deste momento, já que até aqui o Infesta não deslustrou, antes pelo contrário, foi criando dificuldades aos encarnados, conseguindo até em dados momentos dar um “cheirinho” do seu futebol, sempre organizado e bem desenhado. O Benfica, com outra rodagem competitiva foi inevitavelmente superior e desfrutou das melhores oportunidades durante o primeiro tempo. Da segunda metade pouco há a dizer. Ao Infesta faltou disponibilidade física para reagir ao resultado adverso, ao passo que o Benfica limitou-se a gerir a vantagem. Saltam à vista um remate de Rui Baião à entrada da área que sai rente ao poste, com Bruno completamente batido. Do outro lado o único apontamento foi dado por um golpe de cabeça de Pedro Nuno à figura de Enke, depois da bola sobrevoar toda a área encarnada. De resto jogou-se a um ritmo francamente lento em todo o segundo tempo. Os jogadores do Infesta estavam na sua maioria exaustos pelo muito que correram, mas nem por isso deixaram de lutar em salvaguarda da imagem do clube, evitando com grande altruísmo o avolumar do resultado. Praticamente o conseguiram, não fosse uma arrancada de Cabral pela direita, que já dentro da área esgueira-se a Danilson, encontrando Porfírio solto para o 0-3 final.
Para a história deve ficar a honrosa participação do Infesta na Taça de Portugal. Caiu às mãos de um gigante como o Benfica, e em campo neutro, mas acima de tudo prestigiou o futebol e mais particularmente a 2ª Divisão B, da qual faz parte.
O árbitro esteve bem. Soube conduzir o jogo, evitando ao máximo a amostragem de cartões. Condescendeu em alguns casos. Teve um critério bem definido, igual para ambas partes e segurou sempre a partida.

AUGUSTO MATA - Técnico do Infesta
“Conseguimos equilibrar o jogo e no início até empurramos o Benfica para trás. Se o jogo tivesse 75 minutos seria diferente. Certos jogadores começaram a dar o berro. Para além disso o campo era muito grande o que facilitou a vida ao Benfica.”

JOGADORES UM A UM:
BRUNO - Efectuou a defesa da noite na cabeçada de Fernando Meira que levava o selo do golo. Quanto ao resto, revelou segurança entre os postes e agilidade em situações de maior aperto. Faltou-lhe no entanto eficiência no lance do primeiro golo do Benfica já que a bola atravessa toda a sua área de jurisdição.
MARCELO - A raça que põe em campo é sem dúvidas o seu argumento mais forte. Lutou até aos limites e foi dos mais regulares ao longo dos 90 minutos. Infeliz no autogolo
TAVARES - Cuidado com a classe. De regresso ao eixo da defesa revelou grande sobriedade nas suas acções, mas houve lances em que abusou da sorte e facilitou demais.
LOWDEN - Não comprometeu, mas esteve demasiado fora do jogo. Não foi tão audaz como Marcelo, preferindo jogar pelo seguro.
TORRES - Foi incansável e acabou em evidente sacríficio. Correu muito, mas tanto ele como Kléber não tiveram andamento para Meira e Andersson. Exibição esforçada.
KLÉBER - Este brasileiro não brinca em serviço. Joga duro e feio quando necessário. Varreu alguns lances de perigo, mas perdeu também ele a batalha do meio campo.
CARLITOS - Tentou dinamizar o jogo atacante da equipa, mas as suas acções raramente tiveram sequência. Foi infeliz no passe. Acabou rendido por Tozé, completamente esgotado.
SERGIO - Na primeira parte criou problemas a Pesaresi. Esteve no lance mais perigoso da equipa ao colocar milimetricamente o esférico na cabeça de Nuno que atirou com estrondo à barra.
DANILSON - Bons pés, irrequieto mas inconsequente. Entrou cheio de gás e prometia um duelo aceso com Cabral. Com o decorrer do jogo foi-se perdendo em acções individuais.
PEDRO NUNO - Nota positiva para a forma com se bateu com Argel e João Manuel Pinto. Prendeu-os, segurou bem a bola e revelou grande mobilidade. Esteve perto do golo já na segunda parte, cabeçeando forte para uma defesa eficaz de Enke.
NÉLSON - Procura ainda ganhar ritmo competitivo depois de uma prolongada ausência. Em contrapartida deu frescura ao meio-campo que vinha a amolecer significativamente.
TOZÉ - Nada a dizer
RICARDO ROCHA - Nada a dizer

A FIGURA DO INFESTA: NUNO
Apanhou Mantorras pela frente e esperava-se uma noite complicada para Nuno.
O angolano é intratável e a sua velocidade quase imparável. Foi levado em alguns lances, mas nem por isso se deixou enervar. Mostrou tranquilidade e uma vasta gama de recursos. Exibição acima da média que poderá despertar a cobiça de emblemas primodivisionários.

Presidente Manuel Ramos, satisfeito:
“Foi uma festa bonita, prestigiante para o nosso clube. Merecíamos um golo de honra pois os nossos jogadores foram briosos e dignificaram a instituição.” A receita, segundo Manuel Ramos, é seguramente, “a maior de sempre” para o Infesta.

“O abraço de Carlitos”:
Foi um dos momentos altos da noite. Aos 78 minutos, o capitão Carlitos era substituído por Tozé. E para espanto de todos, a primeira reação que teve foi dirigir-se a Toni e dar-lhe um abraço sentido, que mereceu uma ovação ruidosa de todo o público presente no Estádio. Momento bonito e simbólico que irá ficar na retina de Carlitos.

VIPS não faltaram à chamada:
Foram muitas as caras conhecidas que marcaram presença no Municipal da Maia. A começar pelo autarca local, Vieira de Carvalho acompanhado pela sua família. A seu lado esteve Narciso Miranda e igualmente Montalvão Machado, rival nestas autárquicas. O futebol contorna assim uma vez mais todas as barreiras partidárias. A Câmara Municipal de Matosinhos esteve ainda representada por António Rijo e Luísa Salgueiro. No camarote VIP, não passou despercebido também Lourenço Pinto, que em tempos foi Presidente do Conselho de Arbitragem.

Infesta - Benfica foi na TVI?:
Augusto Mata equivocou-se em plena conferência de Imprensa e destacou a importância da transmissão televisiva pela TVI. De imediato se ouviu um bruá e prontamente o técnico rectificou o lapso. A SIC é que não terá gostado muito do engano.

O “brasileiro” Danilson:
Caros colegas Luís Marçal (SIC) e Manuel Queiroz (subdirector do RECORD) fiquem sabendo que o Danilson é um palanquinha, tal como Mantorras. No directo da SIC, primeiro foi Marçal a realçar a técnica do «brasileiro» e de seguida Queiroz reforçou o lapso, destacando o trato de bola tipicamente «sul-americano» de Danilson. Como diria o diário da Travessa da Queimada: Tchak!, Tchak!...

Augusto Mata, Toni e "o caixote do lixo":
No final do jogo, Toni congratulou Augusto Mata e em tom elogioso brindou-o: “Afinal, não tens aqui nenhum caixote do lixo” ao qual o técnico mamedense retribuíu: “Gostava era de ter o teu.”

sábado, 5 de setembro de 2009

TAVARES


NOME: Jose Fernando Gomes TAVARES
DATA DE NASCIMENTO: 25/04/1965
IDADE: 44 anos
NATURALIDADE: Oliveira do Douro - Portugal
POSIÇÃO: Medio






CARREIRA:
1986-1988 - Ol.do Douro
1988-1990 - Infesta
1990-1992 - FC Porto
1992-1994 - Boavista
1994-1995 - Benfica
1995-1998 - Boavista
1998-1999 - U.Leiria
1999-2000 - P.Ferreira e Infesta
2000-2003 - Infesta

Tavares foi talvez o jogador que passou pelo Infesta que mais longe foi no futebol. Depois de 2 temporadas na equipa principal do Oliveira do Douro, transferiu-se para o Infesta numa das epocas em que o Infesta teve um dos melhores planteis de sempre com jogadores com Mario Jorge, Chico Fonseca, Moura, Sergio ou Carlitos entre outros e ajudou a equipa a alcançar a subida à 2ª B. Bastaram duas epocas para se transferir para o FC Porto onde esteve outras duas epocas. A vida boémia e as lesões nos joelhos que o apoquentaram, fizeram com que perde-se espaço no plantel azul e branco e se transferisse para o vizinho Boavista.



Sendo um atleta possuidor de uma compleição física apreciável, fazia da sua altura uma das suas (poucas) armas. Ao longo da sua carreira, em 13 épocas, disputou 208 partidas e marcou 17 golos nos diversos campeonatos nacionais que disputou. Quem não se lembra deste na Final da Taça de Portugal 1992/93, vencida por Paulo Futre (e pelo S.L.Benfica) em 1992/93?


Tavares num jogo contra o Beira Mar na sua 1ª epoca no Boavista

Foi uma das apostas de Artur Jorge para a época 1994/95. Foi com Nelo do Boavista para reforçar o plantel benfiquista numa altura em que também chegaram à Luz Claudio Cannigia, Edilson e Preud'Homme. Ao chegar à Luz "herdou" o mítico Nº6 da equipa encarnada que fora envergado por exemplo por Carlos Manuel e Paulo Sousa. Também na Selecção Portuguesa o dorsal Nº6 era aquele que costumava envergar.


O seu primeiro golo ao serviço do Benfica foi neste jogo com o Anderlecht

Consta que no dia 1 de Março de 1995, no Giuseppe Meazza em Milão (Milan 2 - S.L.Benfica 0) teve um "descuido" não raro nalguns jogadores de futebol: Os seus intestinos não aguentaram a "pressão" (do jogo?) e terá simulado uma lesão na perna direita para recolher rápidamente aos balneários. É certo que por vezes a memória pode falhar e nos atraiçoa mas na ficha de jogo lá está escarrapachada a sua substituição por Daniel Kenedy aos 23'.

Regressa ao fim de uma epoca ao Bessa para fazer uma boa epoca o que lhe valeu a chamada de Antonio Oliveira para o EURO 96 onde participou em tres partidas. Depois de mais duas epocas no Bessa a um nivel já de decadencia da carreira transferiu-se depois para a U.Leiria e para o Paços de Ferreira onde em ambas as epocas, pouco ou nada jogou. Augusto Mata convidou-o para terminar a carreira no Infesta e assim o fez com mais quatro epocas de bom nivel mas os seus joelhos e o peso da idade acabaram com a carreira pouco depois.

quinta-feira, 3 de setembro de 2009

FORMOSO


NOME: Antonio Jose Faria FORMOSO
DATA DE NASCIMENTO: 08/02/1974
IDADE: 35 anos
NATURALIDADE: Povoa de Varzim - Portugal
POSIÇÃO: Medio

CARREIRA:
1991-1992 - Varzim
1992-1993 - Gouveia
1993-1996 - Infesta
1996-1997 - Gil Vicente
1997-1999 - Braga
1999-2000 - Boavista e Santa Clara
2000-2001 - P.Ferreira
2001-2002 - Ovarense
2002-2003 - Vizela
2003-2004 - Lixa
2004-2005 - Joane
Desde 2005: Esposende

Um pé esquerdo que é um mimo. É a primeira coisa que vem à cabeça de grande parte dos adeptos de futebol, quando pensam em António José Faria Formoso. Pode não ser exactamente a palavra mimo. Pode ser a palavra maravilhoso, ou quase único, ou mesmo possuídor de cinco dedos e respectivas unhas. No entanto o povo é unânime quando classifica a perna canhota de Formoso como uma das mais poderosas que se passearam nos nossos relvados nos últimos anos.
Pode-se mesmo chegar ao ponto de comparar Formoso no lado esquerdo do Gil Vicente com Beckham no lado direito do Manchester. Dos lados opostos a mesma comparação poderia ser feita, com Giggs e Carlitos.

Proveniente do Infesta, chegou a Barcelos um perfeito desconhecido. No entanto, deu um pontapé rumo ao estrelato, tendo sido anunciada regularmente a sua transferência para a Luz. Nada disso aconteceu. Ao invés seguiu para Braga para, em seguida, a terra se abrir e o engolir. Nunca mais ninguém o viu nos grandes palcos do nosso futebol.
Triste, mas assim é o futebol. Acordas para tomar o pequeno almoço e dás por ti em pleno crepúsculo. Pior! Os cereais estão moles.
Na retina fica um lance fabuloso (de entre os muitos golos de belo efeito que marcou): Formoso marca, de livre directo e de uma distância considerável, um fabuloso golo ao ângulo. No entanto, o árbitro ordena a repetição. Impassível, Formoso volta a colocar a bola exactamente no mesmo local, para de seguida a rematar exactamente do mesmo modo, vendo-a entrar exactamente no mesmo local onde havia entrado há instantes. Pura e simplesmente magistral!

quarta-feira, 2 de setembro de 2009

CHICO FONSECA


NOME: Francisco "CHICO" Jose Fernandes FONSECA
DATA DE NASCIMENTO: 13/03/1968
IDADE: 41 anos
NATURALIDADE: Povoa do Varzim - Portugal
POSIÇÃO: Defesa
CARREIRA:
1988-1992 - Infesta
1992-1994 - Belenenses
1994-1995 - Belenenses e Salgueiros
1995-1999 - Salgueiros
1999-2001 - Paços de Ferreira
2001-2002 - Leça
2002-2005 - Pausa na carreira
2005-2006 - Cabeceirense
2006-2007 - FC Fão
2007-2008 - Balasar e Apulia
Desde 2008: Apulia



Em Paranhos viveu os melhores momentos da carreira... e ficou a um 'penalty' falhado da UEFA «Guardo momentos extraordinários do Infesta, mas o Salgueiros foi o clube que mais me marcou», inicia uma contagem até ao infinito das coisas boas que o emblema de Paranhos lhe faz recordar. «Havia a alma! A empatia era tão grande que até dizíamos, em brincadeira, que nem precisávamos de treinador...»



Com Carlos Manuel, a UEFA ficou à distância de um penalty falhado. «Aconteceu ao Abílio, no último minuto da última jornada, em Faro. Empatámos e o V. Guimarães e o Sp. Braga também, num jogo que deu muito que falar... Ainda torcemos pelo Benfica na final da Taça, mas o Boavista ganhou e lá se foi a Europa», reproduz a traição do destino.
O renascimento do «Salgueiral amigo» ajuda a esquecer a «grande tristeza» de o ter visto cair. «Tenho participado em desafios de velhas guardas e já fui ver alguns jogos. Estive com o Renato, o Fernando Almeida, o Pedro Reis...», relata reencontros e novos desafios: «O Pedro falou-me da possibilidade de ir para lá. Como já tinha clube, ficámos de conversar mais tarde...»

terça-feira, 1 de setembro de 2009

ROMEU


NOME: ROMEU Antonio Soares Almeida
DATA DE NASCIMENTO: 08/10/1974
IDADE: 34 anos
NATURALIDADE: Stª.Maria da Feira - Portugal
POSIÇÃO: Avançado



CARREIRA JOGADOR:
1993-1996 - Infesta
1996-1997 - FC Felgueiras
1997-1998 - Maritimo
1998-1999 - Maritimo e Leça
1999-2001 - FC Porto
2001-2005 - V.Guimarães
2005-2007 - Belenenses

TITULOS:
1999/2000 - Supertaça de Portugal e Taça de Portugal
2000/2001 - Taça de Portugal

O percurso futebolístico de Romeu António Soares Almeida, nascido em Santa Maria da Feira em 8 de Outubro de 1974, iniciou-se no clube da terra o CD Feirense. Antes de ingressar no FC Porto, clube onde terminou a formação, teve ainda uma passagem, ainda jovem, pelos suíços do Neuchatel Xamax.
No seu último ano no escalão de juniores, na época de 1992/93, foi campeão nacional ao serviço do FC Porto. Embora não sendo um titular indiscutível, Romeu era frequentemente utilizado na fortíssima equipa portista.

Subindo ao escalão sénior rumou, juntamente com vários jogadores jovens do FC Porto, ao FC Infesta, treinado pelo tradicional Augusto Mata. Na equipa de S. Mamede de Infesta permaneceu durante 3 épocas consecutivas, entre 1993/94 ao final da temporada de 1995/96, cumprindo durante esse período um processo de maturação e desenvolvimento das suas potencialidades.
Durante as 3 temporadas que representou o FC Infesta, o clube militou sempre a 2ª Divisão Nacional “B”, Zona Norte, sendo Romeu praticamente sempre um titular. Se na primeira época, colectivamente, os resultados do FC Infesta não foram de relevo, já nas temporadas de 1994/95 e 1995/96 a equipa repetiu dois segundos lugares, atrás, em cada uma das épocas, do Varzim SC e Moreirense FC, respectivamente, clubes que subiriam à 2ª Divisão de Honra.

Em 1996/97, Romeu subiu mais um patamar na sua carreira de futebolista. Ingressou na formação do FC Felgueiras, a militar na 2ª Divisão de Honra e treinada por Augusto Inácio, o técnico mais importante da carreira profissional de Romeu, responsável, por exemplo, pela estreia do jogador no primeiro escalão do futebol português.
As boas prestações de Romeu no decurso da época de 1996/97 ao serviço do FC Felgueiras – que ficou às portas da subida com um sensacional 4º lugar na tabela - abriram-lhe as portas da 1ª Divisão Nacional. Ingressou no CS Marítimo na temporada de 1997/98 com 22 anos de idade.

Lançado por Augusto Inácio, treinador do CS Marítimo na época de 1997/98, a estreia de Romeu na 1ª Divisão Nacional aconteceu no dia 24 de Agosto de 1997, no Estádio dos Barreiros, num encontro da 1ª jornada da competição entre o CS Marítimo e CF Estrela da Amadora, em que os madeirenses venceram por 2-1.
Ao longo da temporada de 1997/98, Romeu realizou 23 jogos no Campeonato Nacional da 1ª Divisão, apontando 4 golos na competição em que a formação do CS Marítimo, com uma ponta final verdadeiramente arrebatadora, conseguiu um apuramento para as competições europeias, fruto do 5º lugar alcançado na tabela classificativa.
Particularmente, Romeu realizou mesmo uma época sensacional ao serviço do CS Marítimo. Revelou ser um avançado de qualidade e um jovem promissor no futebol português.

Ligado contratualmente ao FC Porto, Romeu foi então cedido no início da época de 1998/99 ao Leça FC, treinado por Joaquim Teixeira. Era um dos grandes reforços da equipa leceira que procurava regressar à 1ª Divisão Nacional.
Em Leça realizou 8 jogos e apontou 3 golos durante o Campeonato Nacional da 2ª Divisão de Honra da temporada de 1998/99. Contudo, as qualidades de Romeu exigiam o escalão superior e, como tal, em Dezembro de 1998, o FC Porto cedeu novamente o jovem Romeu ao CS Marítimo para o resto da época de 1998/99.
Romeu marcou 4 golos nos 17 jogos realizados ao serviço do CS Marítimo no Campeonato Nacional da 1ª Divisão. O clube madeirense realizou uma temporada mediana, não passando do 10º lugar da classificação, onde o técnico inicial Augusto Inácio foi substituído por Nelo Vingada.

Com 24 anos de idade, chegara a altura de Romeu regressar ao FC Porto e tentar a sua sorte na equipa portista. Todavia, na equipa portista moravam grandes valores do futebol, sobretudo o brasileiro Jardel, concorrente de Romeu na frente de ataque portista.
Passou duas temporadas na equipa principal do FC Porto. Regressou ao clube na temporada de 1999/00 com o técnico Fernando Santos, numa altura em que o FC Porto tinha acabado de conquistar o penta campeonato.
Na primeira época nas Antas, Romeu apenas participou em 8 jogos do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, sem apontar qualquer golo, numa competição vencida pelo Sporting CP, depois de 18 anos de jejum.
Iniciou a época de 1999/00 conquistando a Supertaça Cândido de Oliveira vencendo o SC Beira Mar por 2-1, num encontro onde Romeu foi suplente utilizado. O FC Porto venceu também a Taça de Portugal desta temporada, numa finalíssima em que derrotou o Sporting CP.
Na época seguinte, ainda sob o comando técnico de Fernando Santos, o FC Porto venceu novamente a Taça de Portugal, desta feita, derrotando o CS Marítimo por 2-0 a final do Jamor.

No Campeonato Nacional da 1ª Divisão da época de 2000/01, os portistas voltaram a perder a conquista do título, agora cedendo perante a equipa do Boavista FC, que se sagrou campeão nacional pela primeira vez na história. Os números oficiais indicam que Romeu alinhou nesta competição em 7 partidas, sem ter apontado qualquer golo.
No início da temporada de 2001/02 preparava-se em Guimarães uma profunda alteração na composição do plantel do Vitoria SC sob o comando técnico da Augusto Inácio. Romeu era um alvo predilecto do Vitoria SC na lista dos potenciais reforços.

Concretizou-se a transferência e o avançado Romeu assinou contrato com os vimaranenses, reforçando o plantel do Vitoria SC como a principal aquisição para a época de 2001/02.
No Vitoria SC, Romeu actuou em todas as posições do sector atacante. Se na primeira época de Afonso Henriques ao peito jogava essencialmente sobre as alas, já nas três temporadas seguintes, Romeu actuava como avançado centro, a sua posição predilecta, sagrando-se mesmo o melhor marcador da equipa na época de 2002/03 com 10 golos apontados.

Romeu era um jogador muito forte fisicamente, agressivo, rápido e com uma capacidade técnica bastante para um avançado. Era também um jogador muito inteligente, que bem sabia usar seus melhores predicados em benefício do seu futebol.
A sua potência, a força física, era características importantes na disputa dos lances de ataque e na forma como protegia a bola e servia os colegas de equipa para lances de golo. Efectuava, vulgarmente, tabelinhas ofensivas perfeitas, que proporcionavam lances de finalização para golo.

A sua habilidade individual e a agilidade nos movimentos permitiam-lhe ainda colocar-se variam vezes em posição de remate. Tanto de cabeça, como com qualquer um dos pés, Romeu era um bom finalizador, concretizando, com mestria, alguns golos de belo efeito.
Foram vários os golos apontados por Romeu com a camisola do Vitoria SC. Muitos deles foram tentos de belo efeito. Mas há um golo que se destaca de entre os demais, talvez o golo mais bonito da sua carreira e um dos golos mais belos do futebol português.
De resto, na época, aquele golo foi imensamente destacado nos média. As imagens daquele golo apontado por Romeu ao Boavista FC, no Estádio D. Afonso Henriques, numa partida a contar para o Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 2001/02, correram mundo e mereceu destaque nos mais propalados programas desportivos. Romeu, numa excelente movimentação, acorreu a um cruzamento do brasileiro do Vitoria SC Ceara para a grande área, rematando, num gesto magistral de calcanhar, e batendo o guardião boavisteiro Ricardo.

Alem das qualidades técnico tácticas, Romeu era um profissional exemplar, com uma postura admirável. Digamos que foi um jogador mordido pela mística do Vitoria SC, dos associados vitorianos e dos vimaranenses. A garra, a vontade, o querer a abnegação que demonstrava em cada jogo, em cada lance, em cada comportamento, fazia dele um jogador admirável.
Em 2003, contagiando pela paixão vitoriana tornou-se mesmo associado do Vitoria SC. Como o próprio com orgulho afirmava, rendeu-se de alma e coração à mística do clube vimaranense.
A temporada de 2001/02, que acabou por ser categorizada como mediana para o Vitoria SC, que foi somente o 9º colocado na tabela classificativa do Campeonato Nacional da 1ª Divisão, teve em Romeu como um dos melhores jogadores vitorianos, contabilizando a sua participação na competição em 30 jogos e a obtenção de 4 golos.

Em 2002/03, época em que o Vitoria SC actuou em Felgueiras em virtude das obras de reconstrução do Estádio D. Afonso Henriques com vista ao Euro 2004, a equipa vimaranense classificou-se na 4ª posição da tabela geral do Campeonato Nacional da 1ª Divisão.
Augusto Inácio decidiu inovar o esquema táctico da Vitoria SC para a nova época, desenhando um estilo de jogo assente numa versão estratégica do 3X5X2. Romeu beneficiou notoriamente daquele estilo de jogo e realizou seguramente a melhor temporada da sua carreira.

O Vitoria SC realizou uma excelente temporada, protagonizando brilhantes espectáculos futebolísticos naquele estilo de jogo bem delineado. Romeu tornou-se no goleador da equipa do Vitoria e a qualidade das suas exibições levou-o à Selecção Nacional de Portugal.
Romeu nunca tinha sido internacional português, nem mesmo nos escalões mais jovens. Chegou a Selecção Nacional, um dos momentos mais altos da sua carreira futebolística, orgulhosamente, como jogador do Vitoria SC. Na altura em que foi convocado era o líder da lista dos melhores marcadores do Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 2002/03.

Na preparação do jogos amigáveis da Selecção Nacional de Portugal contra a Tunísia e contra a Suécia, o seleccionador nacional Agostinho Oliveira, convocou o avançado do Vitoria SC Romeu para substituir o lesionado Nuno Gomes.
A primeira internacionalização de Romeu efectivou-se no dia 12 de Outubro de 2002, no Estádio do Restelo, no encontro entre as selecções de Portugal e da Tunísia, que terminou igualado a 1-1. Romeu foi lançado na partida aos 67 minutos para substituir o médio luso Costinha.
Poucos dias depois, em 16 de Outubro de 2002, o vitoriano Romeu cumpriu a sua segunda internacionalização A, no Estádio Ullevi na Suécia. Naquele país Portugal venceu a selecção sueca por 2-3, num excelente jogo de futebol.
Neste encontro, que marcou a despedida de Romeu do seleccionado português, o avançado do Vitoria SC foi autor de um dos golos portugueses. Foi naturalmente um dos momentos mais altos da carreira futebolística de Romeu.
Depois da Selecção Nacional da Suécia estar a vencer por 2-0, Portugal empreendeu uma verdadeira reviravolta no marcador. Romeu, foi titular na equipa das quinas e substituído aos 79 minutos por Pauleta, apontou o golo do empate a 2-2 aos 53 minutos. Aos 83 minutos, o médio Rui Costa, marcou o golo que selou a vitória de Portugal por 2-3.

No Campeonato Nacional da 1ª Divisão da temporada de 2002/03, o vitoriano Romeu realizou 29 jogos e marcou 10 golos. Foi o melhor marcador do Vitoria SC e um dos elementos fundamentais na fantástica temporada realizada pela equipa da cidade berço.
A época seguinte foi verdadeiramente trágica para o Vitoria SC. O clube viveu dias desesperantes com o espectro da iminente descida de divisão e uma convulsão social que terminou com a demissão do Presidente da Direcção, o histórico Pimenta Machado, e a realização de eleições antecipadas para os órgãos sociais.
O excelente plantel do Vitoria SC da época de 2002/03, liderado por Augusto Inácio, transitou maioritariamente para a nova época de 2003/04. Perdeu um jogador fundamental na manobra da equipa, o médio Pedro Mendes, mas recebeu reforços sonantes como Ednilson, Flávio Meireles, João Tomas e Bruno Alves. Com o regresso ao Estádio D. Afonso Henriques a expectativa de uma grande temporada era enorme.

A verdade é que desde cedo os resultados obtidos foram muito maus. A equipa não rendia o que dela se esperava, é um facto, mas as más arbitragens consecutivas, com prejuízo objectivo e notório nos resultados, agudizaram ainda mais a situação do Vitoria SC.
A equipa de futebol profissional e o próprio clube entraram em verdadeira agitação. Augusto Inácio, o treinador do Vitoria SC, foi o primeiro sacrificado, acabando substituído por Jorge Jesus. Contudo, pese embora uma ligeira melhoria, o Vitoria SC não deixava os lugares na cauda da tabela classificativa.

Apenas na ultima jornada do Campeonato Nacional da 1ª Divisão e depois uma feliz combinação de resultados é que o Vitoria SC conseguiu garantir, in extremis, a manutenção no principal escalão do futebol português, com um 14º lugar na tabela classificativa final.
Nesta temporada de 2003/04, o avançado Romeu actuou em 26 jogos, marcando somente 2 golos ao longo da principal competição nacional, um registo bem aquém daquilo que havia conseguido na época anterior.

A época de 2004/05 começou com mudanças nos órgãos sociais do clube, destacando-se a entrada de Vítor Magalhães na presidência da Direcção. Para comandar a equipa de futebol profissional o Vitoria SC escolheu Manuel Machado, antigo técnico na formação.
Depois de um inicio de campeonato algo titubeante - alternando os bons com os maus resultados - a equipa do Vitoria SC foi sucessivamente melhorando as suas prestações acabando por realizar um prova de bom nível, atingindo, a final, um 5º lugar e o acesso as competições internacionais de clubes.
Romeu realizou 23 jogos pelos Vitoria SC e marcou 5 golos ao longo da 1ª Liga da temporada de 2004/05. Não era titular indiscutível, mas revelou-se fundamental em variadíssimos jogos. Acima de tudo, o espírito de conquistador que encarnava, a garra que demonstrava, exercia evidente influência junto do balneário.
Por isso mesmo foi surpreendente e lastimável a sua saída do clube no final da época de 2004/05, tal como aconteceu com outros jogadores carismáticos do Vitoria SC. Celebres ficaram as lágrimas sinceras vertidas por Romeu no final do jogo decisivo entre o Vitoria SC e o Boavista FC, o ultimo realizado pelo jogador na cidade de Guimarães com a camisola preta e branca.

Esse foi mais um jogo memorável na história do Vitoria SC ao qual Romeu fica umbilicalmente ligado. Se vimaranenses vencessem o Boavista FC qualificavam-se para a Taça Uefa. Neste jogo decisivo, disputado no Estádio D. Afonso Henriques, com 26.000 pessoas nas bancadas, o Vitoria SC venceu por 2-0, cabendo a Romeu abrir o caminho do triunfo com a marcação do primeiro golo.

No final da temporada de 2004/05, não sendo convidado a renovar contrato com o Vitoria SC, Romeu deixou Guimarães e ingressou na equipa do CF Belenenses. Na formação da cruz de Cristo jogou durante duas temporadas e terminou a carreira de futebolista profissional.
Na primeira época, de 2005/06, jogou em 21 partidas pelo CF Belenenses e apontou 2 golos. Um deles, curiosamente, em Guimarães, frente ao Vitoria SC. Também aqui Romeu demonstrou as suas qualidades como homem e o seu respeito pelo clube e massa associativa.

Marcou o golo, aproveitando uma falha clamorosa do guardião vitoriano Nilson, mas não festejou, nem sequer esboçou um sorriso de felicidade. Cumpriu a sua obrigação de profissional, mas respeitou aqueles que tanto o idolatraram.
O CF Belenenses da época de 2005/06, a muito custo, conseguiu manter-se na 1ª Liga, terminando a prova na 15ª posição. Já na época seguinte de 2006/07, com Jorge Jesus ao leme, a equipa do Restelo realizou uma excelente temporada que terminou na 5ª posição da tabela classificativa da 1ª Liga.

A última época de Romeu no futebol profissional foi verdadeiramente aziaga. As lesões impediram consecutivamente o atleta de dar o contributo à equipa. Estava assim dado o mote para o final da carreira com 32 anos de idade.

Encerrada a carreira de futebolista, Romeu Almeida foi integrado na estrutura técnica do CF Belenenses, desempenhando funções de observador e de treinador, como adjunto de Rui Jorge na equipa de juniores “A” e como técnico principal da equipa “B” do mesmo escalão.

Especial agradecimento a Alberto de Castro Abreu in gloriasdopassado.blogspot.com