quarta-feira, 3 de novembro de 2010

INFESTA 3-1 LIXA

7 de Março de 2004 ás 15h00
Campo Moreira Marques, São Mamede de Infesta
Campeonato Nacional da II Divisão B
Zona Norte, 27ª Jornada

INFESTA: Nilson, Bruninho, Tiago Jonas, Nuno, Filipe, Sérgio, Baptista (Nélson, 60’), Vitinha, Camarinha (Torres, 55’), Pedro Nuno (Ricardo Gomes, 88’) e Corina.
TR: Manuel António

LIXA: Ricardo, Altino (John, 45’), Moura (Lima Pereira, 68’), Artur Jorge, Hugo Reis (Rafael Duarte, 45’), Mendonça, Pedro Geraldo, Daniel Dias, Filipe Mesquita, Armando Evangelista e Formoso.
TR: Augusto Mata

Ao intervalo: 2-1
Marcadores:
1-0 por Corina aos 14';
2-0 por Tiago Jonas aos 35';
2-1 por Hugo Reis aos 30';
3-1 por Filipe aos 61'.
Disciplina: Cartões amarelos a Formoso (38’), Baptista (41’), Corina (53’ e 88’), John (60’), Pedro Nuno (80’) e Ricardo Gomes (90’); Cartão vermelho a Corina (88’), por acumulação.

O Infesta já mora no quinto lugar. Na recepção ao Lixa, equipa orientada pelo carismático Augusto Mata, treinador mamedense durante longas 29 épocas, os locais rubricaram uma grande actuação, condição que lhe permitiu superar um adversário consistente e garantir um triunfo importante.
Reza a história que quando o Infesta joga em dia da Procissão dos Passos, a equipa não ganha e, a par disso, a assistência é reduzida. Prevenindo esses dois vectores, os responsáveis mamedenses decidiram antecipar o encontro para sábado. A aposta resultou em cheio!
A formação de Manuel António entrou determinada, obrigando o adversário a interpretar um papel menor, preocupando-se a bloquear os caminhos da sua baliza. De nada adiantou a intenção. Corina, do meio da rua, levantou o estádio, num golpe soberbo, inaugurando marcador.
Ainda não se tinha atingido a meia hora, e Jonas, produto da cantera azul e branca, fazia o segundo para desespero de Augusto Mata, agora estranhamente o treinador adversário do Infesta.
O Lixa conseguiu reduzir antes do intervalo, proeza de Hugo Reis, outro ex-mamedense, um golo contra a corrente, já que os locais dominavam a partida a seu bel-prazer.
Temeu-se que os pupilos de Manuel António pudessem tremer. Mas não. A equipa manteve-se serena, lúcida, motivada para embaraçar o opositor. Reflexo do bom momento da equipa, o terceiro golo, obra de Filipe, outro jovem que promete chegar longe. Até final, os donos do terreno controlaram sempre as coordenadas, futebol rápido e atractivo, algo que, no fundo, terá deixado Augusto Mata com razões para se sentir orgulhoso. Afinal, era a sua “verdadeira” equipa que estava do outro lado. O futebol é mesmo assim. Boa arbitragem.

A figura do Infesta - Corina
Esteve no bom e no mau. Ainda assim, conquista a distinção porque se revelou fundamental na construção do triunfo. Dinâmico, empurrou a equipa para a frente e apontou um golo de bandeira. Esteve nas melhores acções, foi pena a expulsão… infantil.

Manuel António - Treinador do FC Infesta
“Estávamos à espera desta vitória. Realizámos uma boa exibição frente a um adversário difícil. Estivemos bem durante quase toda a partida. Foi um triunfo merecido e importante. Os jogadores mostraram muito brio”.

FONTE: Matosinhos Hoje

terça-feira, 17 de agosto de 2010

INFESTA 3-2 VIANENSE

22 de Setembro de 2002 ás 16h00
Campo Moreira Marques, São Mamede de Infesta
Campeonato Nacional da II Divisão B
Zona Norte, 4ª Jornada

INFESTA: Bruno, Marcelo, Nuno, Tavares, Corina, Torres, Sérgio, Vitinha, Camarinha (Paulo Jorge, 70'), Dennis (Ricardo Gomes, 78')e Kika (Pedro Nuno, 30').
TR: Augusto Mata

VIANENSE: Vitor, Teo (Edinho, 72'), Claúdio, Gomes, César, Francisco, José Pedro (Marquinhos, 82'), Leandro, Marco, Denilson, Jacaré (Paulinho, 72')
TR: Rogério Amorim

Ao intervalo: 0-0
Marcadores:
0-1 por Denilson (55’);
1-1 por Torres (59’);
2-1 por Tavares (66’);
2-2 por Denilson (86');
3-2 por Sergio (90').
Disciplina: Cartões amarelos a Camarinha (11'), Marco (15') e Kika (17').

Impressionante demonstração de fé e coragem permitiu ao Infesta a conquista de mais três pontos diante de um opositor sempre inconformado e que vendeu cara a derrota, fruto de uma atitude desinibida, mormente no segundo tempo, período em que surgiram os golos, num acto de emoção contínua, prendendo o espectador até ao último minuto, sinal de emoção elevada, ritmos altos, e respiração descontínua.
O jogo foi impróprio para cardíacos, designadamente nos segundos 45 mi-nutos, já que no primeiro tempo não se registaram grandes alaridos, num cálculo mútuo de ambas as equipas, preocupadas em não dar espaços ao adversário. A actuar pela segunda vez em casa, o Infesta queria vencer pela primeira vez no seu terreno, já que no único encontro realizado no Moreira Marques a formação mamedense tinha perdido diante do Vizela.
Sensibilizados para a questão, os pupilos de Mata denotaram vontade em resolver rapidamente o problema, mas o Vianense apresentou-se com a lição bem estudada e um homem com o diabo no corpo, Danilson, jogador que defendeu as cores do Infesta na época anterior, apresentou-se extremamente motivado no reencontro com os ex-companheiros, ao ponto de se assumir como o melhor elemento da sua equipa. A primeira metade terminou com um nulo, mas a magia estava toda guardada para o segundo período.
Veio o segundo tempo e a fantasia soltou-se. Denilson fez tudo bem e inaugurou o marcador? Pois bem. Torres, sempre naquele jeito peculiar, empatou a partida, lançando definitivamente a emoção na partida.
Mais sete minutos, e Tavares, muito bem, a fazer o 2-1, parecendo que a equipa mamedense ia lançar-se para um vitória mais folgada. O Vianense levantou-se do choque, reequilibrou as forças, agigantou-se no centro do terreno, e sempre motivado por Danilson, foi em busca do prejuízo, incomodando a defensiva azul-e-branca.
A poucos minutos do final da partida, o empate acabou mesmo por surgir. Quem foi o culpado? Denilson, quem mais havia de ser? O que se passou a seguir foi verdadeiramente fantástico, com o Infesta a arregaçar as mangas, soltar-se de complexos, insatisfeito com a igualdade, arriscando tudo no ataque, verdade seja dita mais com o coração, mas con-seguindo os seus intentos no período de descontos, após belo trabalho de Sérgio no interior da área. Era o ponto final de um furacão que passou em S. Mamede de Infesta.
O trabalho do árbitro, Paulo Pequeno, ficou manchado aos 61 minutos, na medida em que Vitinha foi travado na área por Teo, mas o juiz nada assinalou. Uma falha grave no meio de uma actuação sem grandes equívocos.

Figura do Infesta: Vitinha
Incansável na luta pela posse do esférico, demonstrou enorme coração e imensa generosidade para a luta. Não marcou nenhum dos golos, mas merece a distinção, fruto da atitude que apresentou em campo, sempre preocupado com os interesses da equipa.

Augusto Mata - Treinador do Infesta:
“Foi complicado, pois sofremos o segundo golo a acabar o jogo e depois tivemos sorte em marcar no período de descontos. O jogo não foi muito bem jogado, mas tivemos o mérito de acreditar até ao fim. Quando acontecer o contrário, vamos ficar tristes. Sofremos, mas valeu a pena”.

FONTE: Matosinhos Hoje

sábado, 31 de julho de 2010

SALGUEIROS 1-3 INFESTA

10 de Abril de 2005 ás 15h00
Estadio do Leça FC, Leça da Palmeira
Campeonato Nacional da II Divisão B
Zona Norte, 31ª Jornada

SALGUEIROS: Fábio; Sanguedo, Jonathan, Hugo e Joel; Monteiro, Pedro Pinto e Pelé; Henrique (Cavalcanti, 86), Cristiano (Marco, 72) e Rodrigues (Ricardinho, 80).
TR: Rui Silva

INFESTA: Bruno; Bruninho, Ricardo Gomes, Nuno e Filipe; Paulinho, Nélson (Ricardo Rocha, 45) e Júlio; Vitinha (Vítor Hugo, 75), Camarinha (Baptista, 69) e Corina.
TR: Manuel António

Ao intervalo: 0-3
Marcadores:
0-1 por Vitinha aos 2',
0-2 por Júlio aos 4',
0-3 por Camarinha aos 37',
1-3 por Marco aos 77'.
Disciplina: Cartão amarelo a Corina (18), Nélson (33), Nuno (48), Pedro Pinto (61) e Ricardo Rocha (90).

O Infesta resolveu o encontro em quatro minutos. Vitinha emendou com êxito o cruzamento de Paulinho e Júlio aproveitou uma benesse da defesa encarnada para dilatar a vantagem. Com 2-0 no marcador, os mamedenses voltaram as atenções, sobretudo, para o que se passava na Lixa, onde o líder Vizela tinha uma missão difícil pela frente.
Num jogo em que Manuel António fez descansar alguns titulares e poupou outros elementos importantes com o desenrolar dos acontecimentos, a equipa azul-e-branca, sem ser sublime, assumiu sempre as despesas da partida e foi naturalmente superior à jovem equipa do Salgueiros.


Antes do intervalo, Camarinha correspondeu ao cruzamento atrasado de Corina e alargou a vantagem da sua equipa. O segundo tempo foi mais monocórdico, destacando-se apenas o golo de Marco, após boa acção de Pelé, e a grande penalidade (falta sobre Júlio) desperdiçada, de forma displicente, por Corina.
O Infesta cumpriu a sua missão, mas, no final, a alegria não era total, pois o Vizela também tinha ganho (no período de descontos) no terreno do Lixa. A distância de sete pontos continua a separar as duas equipas.
Arbitragem sem problemas.




Figura: Ricardo Gomes
Assumiu o comando da equipa, sempre atento e tremendamente aplicado nas suas múltiplas funções. É, indiscutivelmente, a época suprema de um jovem que pode dar que falar. Manuel António não abdica dos seus argumentos.

Manuel António - Treinador do FC Infesta
“Tornámos o jogo fácil. Depois, gerimos a vantagem e trocámos a bola. Em determinados períodos, os jogadores estavam mais preocupados com o que se passava na Lixa, mas, afinal, o Vizela não perdeu pontos. Foi uma decepção para nós. Não fizemos uma grande segunda parte. O Salgueiros demonstrou grande dignidade”.

Fonte: Matosinhos Hoje

sexta-feira, 12 de março de 2010

INFESTA 3-0 FAFE

26 de Outubro de 2003 ás 15h00
Campo Moreira Marques, São Mamede de Infesta
Campeonato Nacional da II Divisão B
Zona Norte, 9ª Jornada

INFESTA: Isaac; Magalhães (Baptista, 80’), Jonas, Nuno e Filipe; Torres (Ricardo Gomes, 74’), Camarinha, Hernâni e Corina; Vitinha e Pedro Nuno (Rivaldo, 69’)
TR: Manuel António

FAFE: Coelho; João Miguel, Sandro, Carlitos e Claúdio; Fernandez (Marco, 61’), Nelsinho (Edu, 50’) e Dani; Tiago (Luís Mário, 45’), Álvaro e Jader
TR: António Valença

Ao intervalo: 2-0
Marcadores:
1-0 por Nuno (15’);
2-0 por Vitinha (32’);
3-0 por Filipe (54’).
Disciplina: Cartão amarelo a Claúdio (27’), Fernandez (33’), Filipe (36’), Jonas (66’), Sandro (84’) e João Miguel (90’).

O conjunto de Manuel António cedo se impôs e tomou conta das operações, apresentando um futebol simples, alegre e eficaz, contexto que retirou discernimento ao conjunto forasteiro. Num acto contínuo à pressão local, Vitinha cruzou com conta, peso e medida para o gigante Nuno inaugurar o marcador, num excelente cabeceamento.
O Fafe reagiu, e Carlitos obrigou Isaac a mostrar serviço. A seguir, é a vez de Fernandez atirar por cima da baliza. O Infesta continuou a desenvolver o seu futebol “romântico”, sustentado pela velocidade nos processos e magia no último terço do terreno. O segundo tento apareceu com naturalidade, num lance em que Isaac bateu um pontapé de baliza, e Vitinha desviou o esférico para o aconchego das redes, iludindo Coelho.
No recomeço, os visitantes denotavam vontade em anular o prejuízo, mas Filipe, o “galáctico” na tarde de domingo, fabricou o momento da tarde, elevando a contagem para 3-0, num chapéu que não deu quaisquer hipóteses ao guardião contrário. O Fafe rendia-se. Até final, ainda se assistiram a algumas ocasiões nas duas balizas, mas o resultado já estava feito.

Figura do Infesta: Filipe
Apontou um golo que entra directamente na galeria dos melhores do campeonato. Para além disso, arrumou a casa, debitando um futebol invulgarmente maduro. Tem tudo para construir uma bonita carreira.

FONTE: Matosinhos Hoje

sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

FAMALICÃO 2-4 INFESTA

7 de Outubro de 2001
Estadio Municipal 22 de Junho, V.N.Famalicão
Arbitro: Francisco Ferreira (A.F.Viana do Castelo)
3ª eliminatoria da Taça de Portugal


FAMALICÃO: Humberto, Pedro Costa, Webber, Washington, Pinheiro, Mirra, Hugo Cruz, Vítor Hugo (Veloso, 64'), Tiago Marques, André Cunha (Ricardo, 89') e Renato (Lourenço, 75').
TR: Porfirio Amorim

INFESTA: Bruno, Ricardo Gomes (Ricardo Rocha, 84'), Tozé, Nuno, Lowden (Danilson, 74'), Kléber, Sérgio, Torres, Pedro Nuno, Camarinha (Amaral, 87') e Nelsinho.
TR: Augusto Mata

Ao intervalo: 1-0
Final do Jogo: 2-2
Ao intervalo do prolongamento: 2-3
Marcadores:
1-0 Mirra (34'),
1-1 Washington (69', p.b.),
2-1 Hugo Cruz (81'),
2-2 Tozé (90'),
2-3 Pedro Nuno (92') e
2-4 Sérgio (109', de g.p.).
Disciplina: Cartão amarelo a Kléber (36'), Mirra (64'), Washington (90') e Ricardo Rocha (115').

Não podia ter sido melhor a estreia do Infesta na Taça de Portugal 2001-02, mesmo quando o sorteio nem lhe tinha sido muito favorável. A deslocação a Famalicão previa grandes dificuldades, até porque o Infesta já havia sido derrotado por estes na presente época. O Famalicão recolhia assim maior dose de favoritismo. E comprovou-o em todo o primeiro tempo, dominando por completo o seu adversário. A vantagem alcançada aos 34 minutos poderia ter sido dilatada por diversas vezes, mas Bruno e a falta de pontaria dos avançados locais, ditaram a vantagem mínima no final dos primeiros 45 minutos. A segunda parte teve uma história de todo distinta. O vento favoreceu os mamedenses e a mudança de atitude da equipa reflectiu-se num maior assédio à baliza famalicense, em contraste com o recuo destes. O Infesta era agora dono e senhor da partida e a igualdade era cada vez mais previsível face à apatia patente nos jogadores da casa. A pressão forasteira foi premiada aos 70 minutos, com um autogolo de Washington. Este golo espicaçou os comandados de Porfírio Amorim, que novamente tomaram as rédeas do encontro. Do outro lado, Augusto Mata ordenava aos seus pupilos que explorassem mais o contra-ataque. Estava-se num período de parada-resposta e o perigo reinava nas duas balizas. Pelo meio, uma grande penalidade não assinalada a favor do Infesta e a consequente expulsão do jogador famalicense, deixavam Mata à beira de um ataque de nervos. Mais ficou, pouco depois, com o 2-1 para os locais, obtido por Hugo Cruz. A formação de S. Mamede de Infesta sentiu o peso da injustiça e até ao final não desarmou. As entradas de Amaral e Ricardo Rocha visavam a solução do espaço aéreo. E foi assim que Tozé já ao cair do pano obtinha a igualdade e levava a partida a prolongamento. Nos trinta minutos adicionais só existiu uma equipa. O Infesta entrou moralizado e mais ficou logo ao abrir com o terceiro golo, saído dos pés de Pedro Nuno. O Famalicão dava-se como derrotado e a pagar o esforço despendido a meio da semana no amigável diante do Benfica. Quem aproveitou isso foi o Infesta, que por intermédio de Sérgio, na marcação de um castigo máximo, ampliava o resultado para os 2-4, pondo um ponto final na eliminatória. Os forasteiros foram no cômputo geral superiores e mostraram maior disponibilidade física no decorrer do prolongamento, daí que a vitória se justifique sem contestação.

A figura: Tozé
O central esteve em grande ao apontar o tento da igualdade já em períodos de desconto e manter assim o Infesta na Taça nem que fosse por mais meia hora. De resto foi sempre um elemento seguro na retaguarda, nunca comprometendo e dominando sempre nas alturas. O golo foi um prémio que ele consolidou durante o prolongamento com uma exibição impecável.

Treinador: Augusto Mata
"Conseguimos ser melhores perante um Famalicão que esteve abaixo daquilo que produziu em S. Mamede de Infesta. É uma vitória importante para moralizar a equipa para o campeonato, mas trocava esta vitória por um triunfo na semana passada ante o Canelas."