7 de Outubro de 2001
Estadio Municipal 22 de Junho, V.N.Famalicão
Arbitro: Francisco Ferreira (A.F.Viana do Castelo)
3ª eliminatoria da Taça de Portugal
FAMALICÃO: Humberto, Pedro Costa, Webber, Washington, Pinheiro, Mirra, Hugo Cruz, Vítor Hugo (Veloso, 64'), Tiago Marques, André Cunha (Ricardo, 89') e Renato (Lourenço, 75').
TR: Porfirio Amorim
INFESTA: Bruno, Ricardo Gomes (Ricardo Rocha, 84'), Tozé, Nuno, Lowden (Danilson, 74'), Kléber, Sérgio, Torres, Pedro Nuno, Camarinha (Amaral, 87') e Nelsinho.
TR: Augusto Mata
Ao intervalo: 1-0
Final do Jogo: 2-2
Ao intervalo do prolongamento: 2-3
Marcadores:
1-0 Mirra (34'),
1-1 Washington (69', p.b.),
2-1 Hugo Cruz (81'),
2-2 Tozé (90'),
2-3 Pedro Nuno (92') e
2-4 Sérgio (109', de g.p.).
Disciplina: Cartão amarelo a Kléber (36'), Mirra (64'), Washington (90') e Ricardo Rocha (115').
Não podia ter sido melhor a estreia do Infesta na Taça de Portugal 2001-02, mesmo quando o sorteio nem lhe tinha sido muito favorável. A deslocação a Famalicão previa grandes dificuldades, até porque o Infesta já havia sido derrotado por estes na presente época. O Famalicão recolhia assim maior dose de favoritismo. E comprovou-o em todo o primeiro tempo, dominando por completo o seu adversário. A vantagem alcançada aos 34 minutos poderia ter sido dilatada por diversas vezes, mas Bruno e a falta de pontaria dos avançados locais, ditaram a vantagem mínima no final dos primeiros 45 minutos. A segunda parte teve uma história de todo distinta. O vento favoreceu os mamedenses e a mudança de atitude da equipa reflectiu-se num maior assédio à baliza famalicense, em contraste com o recuo destes. O Infesta era agora dono e senhor da partida e a igualdade era cada vez mais previsível face à apatia patente nos jogadores da casa. A pressão forasteira foi premiada aos 70 minutos, com um autogolo de Washington. Este golo espicaçou os comandados de Porfírio Amorim, que novamente tomaram as rédeas do encontro. Do outro lado, Augusto Mata ordenava aos seus pupilos que explorassem mais o contra-ataque. Estava-se num período de parada-resposta e o perigo reinava nas duas balizas. Pelo meio, uma grande penalidade não assinalada a favor do Infesta e a consequente expulsão do jogador famalicense, deixavam Mata à beira de um ataque de nervos. Mais ficou, pouco depois, com o 2-1 para os locais, obtido por Hugo Cruz. A formação de S. Mamede de Infesta sentiu o peso da injustiça e até ao final não desarmou. As entradas de Amaral e Ricardo Rocha visavam a solução do espaço aéreo. E foi assim que Tozé já ao cair do pano obtinha a igualdade e levava a partida a prolongamento. Nos trinta minutos adicionais só existiu uma equipa. O Infesta entrou moralizado e mais ficou logo ao abrir com o terceiro golo, saído dos pés de Pedro Nuno. O Famalicão dava-se como derrotado e a pagar o esforço despendido a meio da semana no amigável diante do Benfica. Quem aproveitou isso foi o Infesta, que por intermédio de Sérgio, na marcação de um castigo máximo, ampliava o resultado para os 2-4, pondo um ponto final na eliminatória. Os forasteiros foram no cômputo geral superiores e mostraram maior disponibilidade física no decorrer do prolongamento, daí que a vitória se justifique sem contestação.
A figura: Tozé
O central esteve em grande ao apontar o tento da igualdade já em períodos de desconto e manter assim o Infesta na Taça nem que fosse por mais meia hora. De resto foi sempre um elemento seguro na retaguarda, nunca comprometendo e dominando sempre nas alturas. O golo foi um prémio que ele consolidou durante o prolongamento com uma exibição impecável.
Treinador: Augusto Mata
"Conseguimos ser melhores perante um Famalicão que esteve abaixo daquilo que produziu em S. Mamede de Infesta. É uma vitória importante para moralizar a equipa para o campeonato, mas trocava esta vitória por um triunfo na semana passada ante o Canelas."